Tem um homem que eu amo o tempo todo. E tem outros homens e outras mulheres que eu também amo, de certa forma, por uma noite ou duas. Até uma semana. Ou um mês. Eu amo bastante.
Mas eu acabo nunca deixando de amar o homem que eu amo o tempo todo. Mesmo nas noites ou semanas. Ou um mês.
Cabe tudo isso na gente.
Cabe em mim hoje.
A gente muda o tempo todo. Revê. Cavando bem fundo na nossa própria bosta a gente acaba achando e não importam as tripas finas ou as noites sem fim.
O homem que eu amo o tempo todo tem os polegares opositores um pouco fora do lugar e isso faz com que suas mãos caibam exatamente sobre outro par de mãos um pouco menores do que as suas. E que também caibam bem sob o par de mãos menores quase sempre. E que as vezes não caibam em lugar nenhum porque a gente não tem que caber sempre. Caber sempre é uma merda horrenda.
São as mãos de um índio guerreiro e as veias ficam saltadas no verão.
Sinto que de certa forma ele entupiu as minhas cavidades todas com coisas. Eu devolvo com jatos de outras coisas e assim a gente vai dançando essa valsa louca desordenada pelas entranhas do mundo.
São sempre as horas entre nós. As vezes algum sangue. Outros estados. Outros homens e outras mulheres. Mares. Atabaques. As vezes a solidão do Hopper. Algumas coisas rasgadas. Coisas novas. A vida.
À vida.
Não importa como. Mesmo quando a gente tá um pouco perdido e afundado acaba sendo sempre um brinde.
Acho que no final das contas somos um bonito brinde à nos mesmos, que seja.
Enquanto o vendaval não passar sou o seu amante e taco fogo em teu véu.
Caber esta sendo um aprendizado.Lindo.
ResponderExcluirTeu homem te entope as veias. Tua explosão dentro de si
ResponderExcluirquando tá tudo entupido não dá pra respirar.
ResponderExcluirQuando a gente joga jatos do lado oposto desentope, troca, e respira.
ResponderExcluira cada dia que passa gosto ainda mais dos seus escritos. #fato.
ResponderExcluirbonito
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