Assim parada, no escuro, ocupando não mais que 1cm da sala, rígida, fria.
A porra da luz não podia parar de funcionar de manhã?
Hoje. Sozinha pela primeira vez em dias. Talvez um mês. Talvez dois.
Me sinto não mais que uma lagartixa noturna de sangue frio. Tentando não mexer muita coisa pra respirar. O celular em punhos. Pronta pra ligar... pra quem?
Acho que eu consigo tatear o caminho até a cama. E dormir suando devagarinho.
Mas daí uma bicicleta na madrugada e a leveza de uma outra vida, de um outro jeito... a revolução e um vinho. A troca. Sem sangue nos dedos.
Dos gardenias para ti.
Dos gardenias para mí.
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