Tomando sol em doses homeopáticas com o Caramelinho
O sol aparece e se esconde, aparece e se esconde... e isso parece alguma metáfora com a vida e qualquer centelha de alegria hoje
Amanhã faço 31 anos e ao passo em que me sinto mesmo com trinta e um anos de vida as vezes me sinto também tão imprecisa, atrapalhada e encantada como quando criança. Outras vezes só me sinto cansada
Faz tempo que não escrevo poesia (e também não leio)
Eu sei que poesia em meio à merda também faz sentido e pode ser preciso mas o mundo tá aí ruindo tanto que eu não tô conseguindo...
Hoje li que uma mulher que estava cozinhando com álcool (porque o gás tá caro) morreu com 90% do corpo queimado
As pessoas estão comendo sopa de osso
E aí não tem poesia em mim que aguente não
Mas também não acredito em fim da história... não desisti: só cochilei a poesia mesmo.
E tô aqui, de alguma forma.
Ontem tentamos salvar um filhote de passarinho, eu e o Lucas
Ele amanheceu morto.
A vida parece mesmo um fiozinho...
Frágil
Mas que também vai assim dando jeito & nascendo até na calçada
(pequenas flores racham concreto).
Tem uma luz aqui na área de casa que acende quando anoitece, mas ela é meio desregulada e sensível (qualquer semelhança é mera coincidência? rs) e acende com qualquer nubladinha. Eu nunca tinha visto a hora exata em que ela acende e agorinha eu acabei de presenciar
Tinha sol, mas ele fica sumindo e voltando e parece que agora ele sumiu mesmo por hoje e vai até chover
A terra já tá pantanosa mas é sempre preciso molhar a vida
(no fim não choveu e o sol voltou)*
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