quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Não se esqueçam da rosa, da rosa

Tomando sol em doses homeopáticas com o Caramelinho

O sol aparece e se esconde, aparece e se esconde... e isso parece alguma metáfora com a vida e qualquer centelha de alegria hoje

Amanhã faço 31 anos e ao passo em que me sinto mesmo com trinta e um anos de vida as vezes me sinto também tão imprecisa, atrapalhada e encantada como quando criança. Outras vezes só me sinto cansada 

Faz tempo que não escrevo poesia (e também não leio)

Eu sei que poesia em meio à merda também faz sentido e pode ser preciso mas o mundo tá aí ruindo tanto que eu não tô conseguindo...

Hoje li que uma mulher que estava cozinhando com álcool (porque o gás tá caro) morreu com 90% do corpo queimado 

As pessoas estão comendo sopa de osso

E aí não tem poesia em mim que aguente não

Mas também não acredito em fim da história... não desisti: só cochilei a poesia mesmo.

E tô aqui, de alguma forma.

Ontem tentamos salvar um filhote de passarinho, eu e o Lucas

Ele amanheceu morto.

A vida parece mesmo um fiozinho...

Frágil

Mas que também vai assim dando jeito & nascendo até na calçada

 (pequenas flores racham concreto).

Tem uma luz aqui na área de casa que acende quando anoitece, mas ela é meio desregulada e sensível (qualquer semelhança é mera coincidência? rs) e acende com qualquer nubladinha. Eu nunca tinha visto a hora exata em que ela acende e agorinha eu acabei de presenciar

Tinha sol, mas ele fica sumindo e voltando e parece que agora ele sumiu mesmo por hoje e vai até chover

A terra já tá pantanosa mas é sempre preciso molhar a vida


(no fim não choveu  e o sol voltou)*

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