terça-feira, 8 de março de 2016

Do fundo do meu estômago (e a chuva que não caiu)

Hoje eu passo a manteiga na bolacha
como se estivesse passando na bochecha de alguém que eu amo.
Meus dedos se mechem pequenininho
cada movimento cuidadosamente planejado pra faca não machucar...
O açúcar acabou de novo.
Tento não escutar as buzinas lá em baixo
Queria guardar em suspensão essa vagareza da manhã (que me leva direto pro colo da minha mãe).

Um comentário:

  1. "Queria guardar em suspensão essa vagareza da manhã."
    Acho maravilhosa essa forma expressar a valorização do tempo simples, aqueles pequenos momentow que passam batidos na maioria das vezes, a vida não é para amadores.

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