cheiro de lixo curtido no sol de meio-dia.
já pegaram todas as amoras maduras ao meu alcance (ficaram só as verdes ou as altas)
demoliram essas casas todas enfileiradas
um dia alguém já amou dessa janela.
minha mochila é sempre pesada mas hoje eu tô levando batata e banana, pesa mais.
explode uma gota de suor no canto da testa
brinco de fechar os olhos e tentar andar em linha reta na calçada (mas nunca dou mais do que 8 passos sem espiar)
8 é meu número da sorte (só que nunca funcionou)
hoje tava uma tarde boa pra ter um pouco de sorte...
mas ainda esbarrei com uma barata virando a esquina do cemitério.
pelo menos depois: ventou.
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
terça-feira, 8 de março de 2016
Do fundo do meu estômago (e a chuva que não caiu)
Hoje eu passo a manteiga na bolacha
como se estivesse passando na bochecha de alguém que eu amo.
Meus dedos se mechem pequenininho
cada movimento cuidadosamente planejado pra faca não machucar...
O açúcar acabou de novo.
Tento não escutar as buzinas lá em baixo
Queria guardar em suspensão essa vagareza da manhã (que me leva direto pro colo da minha mãe).
como se estivesse passando na bochecha de alguém que eu amo.
Meus dedos se mechem pequenininho
cada movimento cuidadosamente planejado pra faca não machucar...
O açúcar acabou de novo.
Tento não escutar as buzinas lá em baixo
Queria guardar em suspensão essa vagareza da manhã (que me leva direto pro colo da minha mãe).
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