Algumas coisas não fazem muito sentido.
Penso nas suas miniaturas todas enfileiradas organizadas dentro do espelho. Nas suas janelas.
Parece que não se deve escrever sobre amizade porque é de um peso mais estável. E eu que nunca fui das relações turbulentas...
Você bem sabe que eu sempre me adapto. Sou eu que vou ceder. Eu que me espremo pra passar no cantinho e não embaralhar o rumo das coisas apesar de tudo precisar de uma embaralhada.
Me faz sentido isso.
Eu descobri que sou “uma pessoa cooperativa”. É o termo técnico psicológico. Sei lá.
Olha só, eu tava falando de você e agora to falando de mim.
Acho que é tudo sempre uma boa desculpa.
É só pra dizer que fiquei feliz em te ver bem.
Gosto das nossas coisas assim. Talvez seja a beleza daquilo que a gente dividiu um dia ou as fotos borradas e o barulho da rua.
Penso na sua armadura pro mundo.
Penso na minha nudez.
Não sei.
Invejo a sua dureza.
Te quero bem.
Tô aqui sentada na minha rede de frente pro mar que eu desenhei, esperando o outono com o colo